Depois de ser paralisada, por uma semana, por causa do combate ao coronavírus, a tradicional feira do Mercado Municipal, que acontece todos os sábados, está de volta. Com restrições estabelecidas pelo novo Decreto Municipal para proteger clientes e feirantes, o retorno parece ter agradado os munícipes. Para garantir que não houvesse aglomeração e que o Decreto 323/2020 fosse cumprido, os fiscais de postura da Secretaria de Fazenda estiveram no local.
Com a intenção de orientar, os agentes distribuíram o Decreto Municipal a todos os comerciantes da feira”. Estamos aqui principalmente para orientar as pessoas quanto ao uso de máscara e luvas, que é a determinação do Decreto Municipal”, pontuou.
Alguns feirantes já foram preparados e dentro das normas, como Conceição Maria Vieira, que vestiu luvas e máscara, e até disponibilizou álcool gel para os clientes. Além de queijo, goma de tapioca e mel, ela também vende doces, mas como está proibido o consumo de comida na feira, ela não quis arriscar e não levou os quitutes para vender. “Estou fazendo a minha parte, essa doença não é brincadeira”, enfatizou a comerciante.
Assídua na feira, a professora Ilza Marinho, entende a preocupação com o coronavírus, mas disse que a feira estava fazendo falta. “Muitos feirantes vivem do produto que plantam, então eles precisam vender. Acho que os filhos dessas pessoas que tem barraca aqui, poderiam vir no lugar dos pais, que geralmente são idosos, para deixá-los em casa, em segurança”.
A ideia não parece ter sido só da professora. Para proteger a mãe da exposição da rua, Viviane Fonseca, assumiu a barraca da mãe e vendeu beiju e as tradicionais gomas de tapioca da feira. Apesar de só estar ajudando a mãe, ela seguiu o Decreto e atendeu os clientes com luva e máscara, um exemplo que pode ser seguido.
Texto: Lívia Louzada
Foto: Lívia Louzada