Com o tema: Educação para todos: Práticas pedagógicas de excelência, a secretaria de Educação, através do Departamento de Inclusão, realizou na terça-feira (25), o Seminário da Educação Inclusiva que reuniu mais de 300 profissionais da educação no auditório do Centro administrativo da prefeitura, na Praça Cruzeiro, das 7 às 17 horas. O encontro, que contou com a participação do prefeito José Luiz Mandiocão e da secretária de Educação, Wanderlúbia Antunes, abordou temas importantes, como currículo funcional; fonoaudiologia e sua importância no diagnóstico e emissão do CID para os transtornos de leitura, além da escrita e a terapia ocupacional no ambiente escolar, entre outros.
Voltado aos profissionais da educação, professores, estudantes e interessados no tema da educação inclusiva, o Seminário de Educação Inclusiva discutiu o papel das escolas, família, pessoa com deficiência, governo e instituições, nos caminhos futuros da educação inclusiva. Os participantes também tiveram informações atualizadas sobre educação inclusiva no Brasil.
Segundo a diretora do Departamento de Inclusão, Garrolici Alvarenga, o Seminário de Educação Inclusiva foi a culminância do Projeto Conectados na Prática, desenvolvido durante a semana de 16 a 21 de setembro. Todas as unidades escolares foram convidadas a participar do Seminário. A palestra da Mestranda da Universidade São Brás, Debora de Araújo Maia, que falou sobre o tema “Educação para Todos: Práticas Pedagógicas de Excelência, foi um dos pontos principais do evento na parte da manhã. Na parte da tarde, o seminário prosseguiu com as palestras da pedagoga Maria Inês Oliveira Gomes, da secretaria de Educação de Búzios, que falou sobre Currículo Funcional. Em seguida foi a vez da fonoaudióloga Renata de Paula Porto, que falou a “Fonoaudiologia e sua importância no diagnóstico e emissão do Código Internacional de Doenças (CID) para os transtornos de leitura e escrita.
“Posso dizer que foram momentos de aprendizagem, motivação e muita emoção, como as apresentações das escolas Ralbino Mesquita e EMPHAC. Tivemos transição ao vivo para outra sala, já que o auditório ficou lotado, mais de 300 profissionais participando. Um dia atípico na prefeitura. Meus agradecimentos a todos os Departamentos da secretaria de Educação, que estiveram numa só sintonia para o sucesso do evento. Eu chamo de Felicidade esse momento. Cultura Inclusiva na veia!”, afirma Garrolici Alvarenga.
SOBRE EDUCAÇÃO INCLUSIVA
Vários estudos, no Brasil e no mundo, têm demonstrado que essa pedagogia centrada no aluno é benéfica para todos os estudantes com e sem deficiência porque:
- Reduz a taxa de desistência e repetência escolar;
- Aumenta a autoestima dos alunos;
- Impede o desperdício de recursos;
- Ajuda a construir uma sociedade que respeita as diferenças.
Para que isso ocorra, é fundamental que as crianças com deficiência tenham o apoio de que precisam, isto é, acesso físico, equipamentos para locomoção, comunicação (tecnologia assistiva) ou outros tipos de suporte.
Mas, o mais importante de tudo, é que a prática da Educação Inclusiva pressupõe que o professor, a família e toda a comunidade escolar estejam convencidos de que:
- O objetivo da Educação Inclusiva é garantir que todos os alunos com ou sem deficiência participem ativamente de todas as atividades na escola e na comunidade;
- Cada aluno é diferente no que se refere ao estilo e ao ritmo da aprendizagem.
- O fracasso escolar é um fracasso da escola, da comunidade e da família que não conseguem atender as necessidades dos alunos;
- Todos os alunos se beneficiam de um ensino de qualidade e a Escola Inclusiva apresenta respostas adequadas às necessidades dos alunos que apresentam desafios específicos;
- Os professores não precisam de receitas prontas. A Escola Inclusiva ajuda o professor a desenvolver habilidades e estratégias educativas adequadas às necessidades de cada aluno;
- Toda a comunidade escolar é extremamente importante para todos os alunos, de forma mais significativa no processo de inclusão escolar!
Quem ganha com a Inclusão?
Os alunos com deficiência aprendem: melhor e mais rapidamente, pois encontram modelos positivos nos colegas; que podem contar com a ajuda e também podem ajudar os colegas; a lidar com suas dificuldades e a conviver com as demais crianças.
Os alunos sem deficiência aprendem:
- a lidar com as diferenças individuais;
- a respeitar os limites do outro;
- a partilhar processos de aprendizagem
Todos os alunos, independentemente da presença ou não de deficiência, aprendem:
- a compreender e aceitar os outros;
- a reconhecer as necessidades e competências dos colegas;
- a respeitar todas as pessoas;
- a construir uma sociedade mais solidária;
- a desenvolver atitudes de apoio mútuo;
- a criar e desenvolver laços de amizade;
- a preparar uma comunidade que apoia todos os seus membros;
- a diminuir a ansiedade diante das dificuldades.
Texto: Denilson Santos
Fotos: Galileu