
Aplicar normas de acessibilidade, criar rotas acessíveis seguras e utilizar tecnologias e pavimentação adequadas, são algumas das diretrizes do Programa Calçada Acessível, fruto de parceria da Firjan, que coordena o programa, com a Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP). A iniciativa, que já atua vários municípios do estado do Rio de Janeiro, chega a Rio Bonito. O prefeito Leandro Peixe, juntamente com o secretário de Desenvolvimento Urbano, Douglas Gomide, se reuniu nesta sexta-feira (5) com o especialista em Desenvolvimento Setorial da Firjan, Luiz Gustavo Tavares, e assinou a carta de intenção para implantação do “Programa Calçada Acessível”.
O programa, desenvolvido desde 2017 pela Firjan Leste Fluminense, tem o objetivo de padronizar as calçadas e torná-las mais acessíveis, principalmente, para idosos e pessoas com deficiência, visando inclusão e mais qualidade de vida para o cidadão. Nos municípios já envolvidos, as ações do programa incluem capacitação de técnicos e treinamento dos profissionais, assistência técnica nos projetos urbanos, levantamento de informações sobre projetos e obras e orientação para a elaboração do modelo de padronização para construção.
O trabalho é realizado com uma metodologia em oito etapas. Entre elas, o workshop que estimula prefeitos e profissionais a vivenciarem a experiência da acessibilidade, sentindo as dificuldades enfrentadas no dia a dia por uma pessoa com deficiência visual ou cadeirante, por exemplo. Também é criado um manual técnico de calçadas, que servirá de base e orientação da padronização de calçadas para todo o território do município, e um folder, material de apoio simplificado.
“O Programa é um importante avanço para Rio Bonito na direção da nova agenda urbana, que prioriza uma organização espacial, com um desenho urbano que promova maior acessibilidade e qualidade de vida para as pessoas”, afirma o prefeito Leandro Peixe.
Ao fim das etapas do Calçada Acessível, a cidade terá um documento que vai normatizar a construção de calçadas e determinará sobre a textura dos pisos, largura máxima e mínima do passeio, inclinação e local adequado para instalação de rampas de acesso, faixas de pedestres, uso de pisos táteis, canteiros, entre outros itens.
“O programa ajuda os municípios a criarem políticas públicas sobre a mobilidade ativa, com foco na acessibilidade, na construção e qualificação dos espaços urbanos de forma adequada, garantindo à população ambientes mais seguros”, avalia Douglas Gomide, que pretende colocar essa padronização dentro do Plano de Mobilidade Urbana, Plano Diretor e Código de Obras do Município.
Texto: Denilson Santos