Uma região com empregos e moradias dignas em que serviços, cultura e lazer são distribuídos de forma equilibrada nas diversas centralidades interligadas por sistemas de transportes públicos transversais e multimodais. Essas são algumas das 132 propostas para os próximos 25 anos que constam no Plano Estratégico de Desenvolvimento Integrado da Região Metropolitana (PDUI), lançado pelo governador Luiz Fernando Pezão nesta quarta (21/06), na Sala Cecília Meireles, no Centro, que contou com a presença dos secretários municipais Carmem Motta (Turismo), Renato Poubel (Fazenda), Nazaré Cristina (Desenvolvimento Econômico) e Luciana Farias Magalhães (Desenvolvimento Urbano). O programa foi apresentado pela Câmara Metropolitana.
A região metropolitana do Rio de Janeiro é a segunda maior do país, reunindo 21 municípios que concentram mais de 12 milhões de habitantes. Combater a ocupação desordenada da região que cresce 32 km2 ao ano, o equivalente a cinco vezes a área de Copacabana, foi uma das grandes preocupações do Plano.
Segundo Vicente Loureiro, diretor da Câmara Metropolitana, o programa cria condições para que a região metropolitana do Rio possa ser socialmente menos desigual e economicamente menos centralizadora.
“Este plano pretende fornecer diretrizes para que seja possível promover o desenvolvimento mais equilibrado da Região Metropolitana, distribuindo no território da metrópole mais oportunidades de emprego, bem como de equipamentos de saúde, entre outros serviços básicos. Ele também propõe conter a expansão territorial precária, que acentua as demandas já existentes de água, de esgoto, entre outras. Também indicamos a necessidade de fortalecer economicamente as centralidades, ou seja, os centros de cidades ou de bairros importantes e de apostar na rede de transportes de alta capacidade (trens, metrô e barcas) que temos e complementá-la onde for necessário”, ressaltou Loureiro.
Construção participativa – O plano de diagnóstico e propostas foi construído de forma conjunta. O trabalho contou com a participação de representantes dos governos estadual e municipal, além de membros da academia, de organizações não governamentais, de entidades de classe, do setor privado e especialistas e integrantes de movimentos sociais. Mais de 230 reuniões de trabalho foram realizadas ao longo do processo de execução do documento. O trabalho contou com a participação de 5 mil pessoas.Pontos-chave – Entre as propostas do PEDUI estão: a implantação de um modelo de desenvolvimento com distribuição espacial de atividades produtivas e a inclusão econômica da população de baixa renda; a valorização das áreas periféricas por meio da consolidação de redes de centralidades urbanas; a promoção das potencialidades econômicas da região; a distribuição mais equânime e equilibrada de equipamentos de saúde, educação, cultura, lazer, segurança e oportunidades de trabalho e renda; a contenção da expansão urbana; a implantação de infraestrutura de mobilidade capaz de conectar os centros e bairros; a produção de unidades habitacionais capazes de suprir o déficit habitacional quantitativo e qualitativo existentes; e a implantação de infraestrutura de saneamento ambiental, incluindo a recuperação da Baía de Guanabara.