Nesta segunda-feira (25), teve início na Clínica da Família a triagem para o mutirão de cirurgias gerais, promovido em parceria com a Regulação da Atenção Primária e o Hospital Darcy Vargas. O processo é voltado para pacientes que aguardam procedimentos como retirada da vesícula, correção de hérnias, laqueadura, histerectomia (retirada do útero), entre outros.
A seleção dos pacientes está sendo feita a partir dos pedidos já encaminhados pelo setor de Regulação. A equipe de saúde é responsável por entrar em contato diretamente com os pacientes, de acordo com a demanda e prioridade clínica. Após essa convocação, os pacientes são encaminhados à Clínica da Família, onde passam pelo pré-operatório.
De acordo com a equipe responsável, as primeiras cirurgias estão programadas para os dias 29 e 30 de agosto e acontecerão no Hospital Darcy Vargas. A expectativa é que cerca de 2 mil cirurgias sejam realizadas ao longo de todo o processo.
Mais do que números, o mutirão representa esperança e alívio para pacientes que, em muitos casos, vivem com dor, limitações físicas e impacto emocional há anos. Alguns relatos apontam esperas que ultrapassam nove anos, muitos desses agravados pelos anos de pandemia, quando os procedimentos eletivos foram suspensos ou drasticamente reduzidos.
Para essas pessoas, a convocação para a cirurgia significa mais do que uma vaga: é a chance de retomar a rotina sem dor, voltar ao trabalho, cuidar da família com mais disposição ou simplesmente viver com mais dignidade. Em muitos casos, são cirurgias que previnem complicações graves e até riscos à vida.
Segundo a equipe de saúde envolvida na ação, o mutirão é um esforço conjunto para desafogar a fila do SUS e garantir um cuidado mais justo e eficiente. “É uma vitória para todos, para os pacientes, para a equipe médica e para o sistema público de saúde como um todo”, afirmou uma das profissionais da linha de frente.
Texto: Aila
Fotos: Aila