Um dos segmentos beneficiados pela Lei Aldir Blanc em Rio Bonito foram os Espaços Culturais. Depois da inscrição, eles passaram por uma triagem e sete deles ficaram aptos a receber os recursos da Lei. São eles: o projeto Lona na Lua, a escola de música AIDEAL, o estúdio de dança Sonharte e o Compasso, estúdio de fotografia Lucas Chagas, o espaço SPA das Artes, e a Sociedade Musical e Dramática Riobonitense. Para os administradores desses espaços, a Lei chegou em boa hora, já que foram obrigados a paralisar suas atividades por conta da pandemia. Em Rio Bonito o edital da Lei Aldir Blanc estabeleceu que os Espaços Culturais dessem uma contrapartida ao município, ou seja, que em 2021 oferecessem aulas, ou algum tipo de serviço gratuito para alunos da rede municipal.
Um dos espaços foi o projeto Lona na Lua, que fará três apresentações do espetáculo Dom Quixote, adaptado por eles, para jovens e crianças da rede municipal de ensino. Dará também um mês de oficinas online de teatro, circo, música e dança ministrada por profissionais do projeto, e ainda uma palestra, ministrada pelo próprio Zeca Novais, fundador do Lona, sobre empreendedorismo.
Segundo Zeca, “tivemos nossa principal renda impossível de ser obtida nesse ano por conta da pandemia. O Lona na Lua seguiu todos os protocolos, obedecemos todas as normas sanitárias da OMS, concordamos com todas as restrições, mas ficamos muito felizes em saber que com tanto sacrifício, com tanta dificuldade, num ano tão difícil, a gente pode contar com uma Secretaria de Cultura e Turismo atuante com uma equipe que esteve aberta para escutar os artistas o tempo inteiro, que esteve aberta ao diálogo, e contemplou os espaços”, concluiu Zeca.
Para a professora de dança Caroline Rodrigues, responsável pelo estúdio de dança Sonharte, 2020 “foi o ano mais difícil que já vivemos no estúdio, no aspecto criativo, didático e principalmente financeiro”. Ela também conta que o subsídio da Lei será destinado à sua equipe de trabalho e ao próprio espaço onde ministra as aulas.
O estúdio se comprometeu a dar duas contrapartidas, um espetáculo, que já foi exibido em forma de live no dia 10 de dezembro, e 30 bolsas de estudo integrais de ballet clássico, durante um ano, para alunos da rede municipal. “Estamos muito felizes por essa oportunidade”, disse Caroline.
Apesar de ser um momento de pandemia, e por esse motivo os trabalhos terem sido paralisados, a professora de dança fala sobre a importância de se reinventarem. “nos fortalecemos, nos reinventamos criando novas oportunidades como modalidades on-line. Acho que é uma boa oportunidade para nós artistas da cidade, pois em um momento como esse, vejo muitos conseguindo concretizar projetos antigos, marcando a cidade com sua arte. Desejo que a gente consiga usar todas as habilidades desenvolvidas nesse tempo para continuar fortalecendo a cultura no município”, analisou Caroline.
Texto: Lívia Louzada
Foto: Rogério Rodrigues