Alunos do 1º ao 3° ano do curso nornal do Colégio Estadual Desembargador José Augusto Coelho da Rocha Junior, na Bela Vista, participaram do Programa Saúde na Escola e Planejamento Familiar. Eles participaram da palestra “Puberdade e órgão reprodutor masculino e feminino”, que aborda a sexualidade e gravidez na adolescência, aborto, métodos contraceptivos, entre outros assuntos, ministrada pela Coordenadora do Programa de Planejamento Família, Patrícia Estrela, e pelo médico mastologista Augusto Santana, ambos profissionais do Ambulatório Municipal Manoel Loyola Junior, na Mangueirinha.
A palestra vai percorrer as escolas da rede municipal e estadual. A falta de informação segura é um motivo recorrente apontado por especialistas para os casos precoces de gravidez e também para a propagação de doenças sexualmente transmissíveis.
Considerando esses fatos, Programa Saúde na Escola e Planejamento Familiar tem como objetivo informar questões inerentes a esses assuntos, auxiliando também para resolvermos diversos problemas sociais e de saúde pública, principalmente a gravidez na adolescência, manifestação de doenças sexualmente transmissíveis, como sífilis, Aids, e todas as suas conseqüências”, explica Dailane Magalhães, Coordenadora do Ambulatório Loyola.
Gravidez na Adolescência – Segundo Patrícia Estrela, a sexualidade está relacionada à vida, sensações, sentimentos e emoções relacionados ao prazer. Como envolve diversas dimensões humanas, é um tema muitas vezes difícil de ser tratado e, por isso, permeado de dúvidas, preconceitos, estereótipos e tabus.
“Vale lembrar que, principalmente no que se diz respeito à adoção de métodos contraceptivos, não há ninguém melhor do que o seu médico para fornecer as devidas orientações, uma vez que seu sucesso dependerá de como foi utilizado; e as formas de uso, eficácia e contraindicações variam para cada um deles”, alerta a assistente social.
O médico Augusto Santana disse que, quando o assunto é sexualidade, a desinformação ainda prevalece entre os adolescentes. Ele ressaltou que as meninas enfrentam muitas dificuldades causadas por uma gravidez indesejada na adolescência e que uma gestação precoce traz problemas físicos, biológicos, riscos à saúde da mãe e do bebê, além dos problemas emocionais e sociais, que podem afetar todo o desenvolvimento da adolescente. “Mas ninguém gera um filho sozinho”, afirma. Por isso, a responsabilidade tem de ser compartilhada também com os meninos, daí a relevância de levar a informação para todos.
Texto: Denilson Santos
Fotos: Galileu